Com o lançamento do Amazonas 3, além de mais possibilidades, espaço para canais e serviços, uma novidade se destaca: a banda larga via satélite através da banda KA.
UM DOS APARELHOS USADOS PARA PIRATARIA COM SKS |
Até
hoje internet via satélite no Brasil era considerada um serviço
praticamente emergencial: buscava atender apenas aqueles lugares
esquecidos no mundo onde pouca ou nenhuma conexão a internet existia
(geralmente
para acelerar conexões).
A
internet banda larga via satélite que usa a banda KA já vem sendo
usada no México (e apenas no país). O serviço além de apresentar
velocidades muito atrativas (chega até a 50 MBs), possibilita o uso de
antenas que fazem upload e download ao mesmo tempo, sem precisar de uma
conexão extra apenas para up.
Hoje
em dia o uso dessa internet está quase que acabando, sendo que muitas
operadoras de satélites já desativaram seus serviços de transmissão de
internet (como o Telstar 12, que foi pressionado pelas operadoras para
que desativasse o serviço que era utilizado quase que unicamente para
realizar satélite sharing, o meio mais usado atualmente para piratear tv
por assinatura).
Hoje
um dos poucos satélites que disponibiliza o serviço de internet em
baixa velocidade é o Hispasat 30W. Na mesma situação do antigo Telstar
12, está a mercê de um desligamento da TP de dados, sofrendo processos
judiciais das operadoras que pedem pelo desligamento.
Entenda como funciona o SKS
A
tecnologia SKS foi utilizada pela primeira vez no oriente médio. Foi
utilizada para quebrar a criptografia utilizada por uma das principais
operadoras, liberando cerca de 10 canais utilizando um microreceptor de
rádio (o Microbox), que com uma firmware modificada poderia captar
dados de TPs que ofereciam internet.
O pioneiro na falcatrua usada no Brasil |
Como
os pirateiros possuem servidores de card sharing, bastou conseguir
enviar o mesmo sinal de CS para o satélite que o mesmo faria o papel de
alimentar todos os microbox modificados para liberar os canais. Essa
foi a mesma tecnologia trazida pela Azbox Latina ao Brasil,
pioneiramente em 2010, com o advento do Nagravision 3 nas operadoras
Telefonica Digital, OI TV e Claro TV.
A
chamada solução veio com Microbox importados na China, batizados por
aqui de AZBOX Smart. O aparelho era capaz de "reviver" os receptores
piratas que não possuem capacidade técnicas de receber dados juntamente
de imagem e som do satélite, atuando então como um segundo tunner (daí
a necessidade de duas antenas, uma captando o sinal de internet e a
outra de imagem e som à serem liberados).
Com um começo tecnicamente pífio (logo
após o inicio das vendas o servidor de CS que ficava em Santos e era
mantido pela empresa européia foi localizado pela Polícia Federal) e
com concorrentes surgindo (como o iBox), aos poucos a tecnologia
invadiu o país, espalhando esperanças à quem estava com o receptor
"encostado". Com uma placa de iptv clonada de um assinante comum do
serviço de internet via satélite da empresa Raggio, o servidores de CS
podiam gratuitamente "embutir" as chaves de liberação no
satélite, utilizando então de pura malandragem - o que já é o normal de
quem compra e vende esses serviços.
O
lucro estaria então na venda desses adaptadores e mais tarde no
lançamento de receptores ainda mais modernos, já com dois tunners
embutidos e capazes de reproduzir canais em HD. O serviço funcionou até
a desativação da TP de dados do Telstar 12, sendo substituído pelo
Hispasat 30 (que vai chegando ao seu fim).
O barato que sai caro
O
sistema parece muito interessante e intrigante não é mesmo? Talvez até
seja, mas a experiência com o uso do SKS é no mínimo lamentável.
Instabilidades tanto na leitura dos cartões quanto na comunicação entre
o server pirata até a estação de envio sofre com problemas técnicos.
No envio da terra ao satélite o sinal sofre com chuvas, ventos e demais
interferências. Um mal apontamento das antenas (que geralmente são as
pequenas de 45 ou 60cm) dificulta na recepção do sinal de dados. E para
completar receptores com firmwares carregados de defeitos, tornam a
experiência de ver TV frustrante.
Economiza-se
na mensalidade e convive-se com a incerteza de se um programa, filme
ou transmissão esportiva chegará ao fim. É típico dos malandro achar
que fez o melhor negócio do mundo, até a hora em que a família está
reunida em volta da TV, vendo o final do filme e o sistema simplesmente
trava. Parabéns pelo belo negócio que você faz e pelo exemplo para as
crianças.
A pirataria de TV no Brasil
A
pirataria sobrevive hoje apenas graças ao próprio serviço de
transmissão de dados via satélite e pela própria internet. Como as
criptografias usadas por todas as operadoras do Brasil hoje são
tecnicamente inquebráveis (tanto o N3 quanto o NDS da SKY), a única
forma adotada pelo pirateiros é a de enganar as chaves, se passando por
clientes graças ao compartilhamento de cartões reais.
A
tendência é que o serviço SKS chegue ao fim nos próximos meses, pois o
último satélite que possuí um tp de dados aberta a comercialização
possui visada para poucos estados no país. O serviço de distribuição
via internet, que usa do endereço IP dos internautas, é de facil
localização pela polícia federal, que segue derrubando diversos
servidores Brasil à fora em um combate cada vez mais forte contra a
pirataria.
Read more: http://www.exorbeo.com/2013/02/a-banda-ka-e-o-sks-dos-piratas.html#ixzz2KPLDRsxR
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